Expectativa é de que o resfriamento gradual do Pacífico central evolua para La Niña.
A Formações do La Niña traz desafios e a necessidade de preparação para enfrentar as condições climáticas adversas. A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação alerta para a importância de monitorar as previsões e adaptar as práticas agrícolas para mitigar os impactos negativos desse fenômeno. A expectativa é de que o resfriamento gradual do Pacífico central evolua para um La Niña que influenciará o clima do estado nos próximos meses.
O Conselho Permanente de Agrometeorologia do Estado do Rio Grande do Sul (COPAAERGS), ligado à Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, divulgou recentemente orientações técnicas para o manejo das culturas de inverno e primavera-verão. As recomendações têm como objetivo otimizar a produção agrícola e mitigar os efeitos adversos das condições climáticas.
Nas regiões onde houve atraso na semeadura, é fundamental concluí-la o mais breve possível, respeitando o calendário do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC).
Atenção especial deve ser dada à qualidade das sementes utilizadas, especialmente as sementes salvas da safra de 2023, que podem ter sido afetadas pelas condições climáticas adversas.
Adotar práticas de manejo que incluem adubação de cobertura e controle de pragas, doenças e plantas daninhas. A aplicação de nitrogênio deve ser feita em boas condições de umidade do solo e antes de precipitações intensas para reduzir perdas por lixiviação.
O monitoramento constante do estado sanitário das lavouras é fundamental, especialmente com temperaturas e umidade relativa do ar elevadas, que favorecem doenças fúngicas.
Com a possível volta de La Niña no segundo semestre de 2024, é essencial priorizar práticas de manejo que promovam o rendimento das culturas.
Preparação de áreas
A adequação das áreas para a próxima safra deve continuar, focando no preparo, sistematização do solo e drenagem, para permitir a semeadura na época recomendada pelo ZARC.
Semeadura Precoce
Para semeaduras entre setembro e meados de outubro, garantir que a profundidade da semeadura não seja superior a dois centímetros para evitar a desuniformidade na cultura.
Drenagem
Após a emergência das plantas, a drenagem adequada é indicado para evitar prejuízos no estabelecimento das lavouras.
Temperatura do Solo:
Iniciar a semeadura quando a temperatura do solo estiver entre 16° e 18°C, respeitando o ZARC.
Escalonamento
Escalonar a época de semeadura e utilizar cultivares de ciclos diferentes.
Milho
Para sistemas milho-soja, antecipar a semeadura ao máximo, respeitando o ZARC, e estar atento à possível ocorrência da cigarrinha do milho.
Cultivos Protegidos
Limpeza do plástico da cobertura e manutenção das condições térmicas e de ventilação são essenciais para evitar acúmulo de umidade.
Geadas
Em caso de previsão de geadas, recomenda-se o uso de irrigação por aspersão como método de combate.
Monitoramento
O prognóstico de precipitação acima da média exige monitoramento rigoroso das doenças.
Cobertura Verde
Manter a cobertura verde nos pomares é essencial para a conservação do solo.
Brotação e Floração
Avaliar a necessidade de produtos químicos para quebra de dormência devido ao baixo acúmulo de frio.
Geadas
Revisar e adequar os sistemas de combate às geadas e evitar adubação excessiva com nitrogênio para minimizar danos.
Plantio
Para áreas com geada, recomenda-se o plantio de espécies de eucalipto resistentes e o uso de coberturas plásticas para mudas em viveiros.
Número de Animais
Manter um número menor de animais em áreas de pastagem natural devido ao baixo crescimento.
Suplementação
Fornecer suplemento alimentar aos animais em pastagens afetadas pelas condições climáticas adversas.
Adubação
Realizar adubação nitrogenada em gramíneas cultivadas de inverno.
Redação: Aline Merladete / Agrolink