Esporte é vida. Esporte é saúde. Mas há um esporte que vai além, agrega valores, integra a família e une gerações. É o “Padel”.
Nos últimos anos o esporte registrou um acentuado crescimento em Uruguaiana. Esteve adormecido por algum tempo, mas ressurgiu com força. Na década de 90 teve muitos adeptos em nossa fronteira, com o passar dos anos foi enfraquecendo e os jogadores foram sumindo, até que o esporte acabou desaparecendo.
Para falar sobre o padel entrevistamos Ronaldo Vazquez, um apaixonado pelo esporte e integrante da equipe organizadora do Citadino Uruguaianense de Padel, ao lado de Volnei Monteiro Rodrigues e Alejandro Danuzzo.
Outro ponto que merece ser destacado quando se fala em padel, são os olheiros. Geralmente participam de todos os torneios da região, inclusive de edições de Citadino de Uruguaiana. “Na nossa cidade vários jogadores já foram convocados para a Seleção Amadora de Padel Brasileiro”, revela nosso entrevistado, evidenciando assim o alto nível dos nossos jogadores.
Incentivo e estrutura
Para Ronaldo, se o padel está de volta em Uruguaiana, o responsável pelo retorno tem nome, é Volnei Monteiro Rodrigues, assegura. “Além de instrutor de padel ele dá aulas, chama o pessoal, junta a turma e convoca os jogadores parados”. Acrescentou que foi Volnei o responsável pela reestruturação do Padel do Engenho, que segundo ele, é o maior padel da cidade. “O lugar estava deteriorado e muito desatualizado, com quadras sem nenhuma manutenção. Hoje o Padel do Engenho é referência de complexo esportivo no Rio Grande do Sul”.
Ronaldo aponta que no passado um conjunto de fatores contribuíram para o decaimento do padel em Uruguaiana, como a ausência de campeonatos, falta de estrutura e de mobilização por parte dos principais envolvidos, ou seja, dos donos das quadras, as quais permaneceram sem manutenção por anos.
Breve história do Citadino
O Padel do Engenho é palco do maior evento do esporte na cidade, o “Citadino de Padel de Uruguaiana”. O evento teve início em 2012, com o objetivo de promover a competividade entre os participantes e mobilizar o ingresso de novos jogadores, além de servir para identificação da categoria de cada jogador. “No início o citadino era feito de forma aleatória, mas foi se ajustando, hoje está organizado e são realizadas cinco etapas anuais, com pontuação dobrada na etapa final”, conta Ronaldo.
Participam do campeonato jogadores de padel de Uruguaiana, Paso de Los Libres, Chacari e Curuzu Cuatia, da Argentina e também de Sant’Ana do Livramento, Alegrete, Itaqui e Santa Maria, do lado brasileiro. A média é de 60 a 70 duplas por etapa, ou seja, entre 120 e 140 jogadores. Não existe idade, apenas categorias. São elas: 1° Cat. Masculina, 2° Cat. Masculina, 3° Cat. Masculina, 4° Cat. Masculina, 5° Cat. Masculina, Cat. Iniciantes, 2º Cat. Feminina e 3º Cat. Feminina.
Número crescente de jogadores
A estimativa atual é que Uruguaiana conte com cerca de 500 jogadores ativos, com um número que não para de crescer. “Tem muita gente começando. O ambiente é maravilhoso. As famílias adoram participar dos torneios, torcendo ou jogando”, revela Ronaldo.
Os jogadores são bem variados em profissões e idades. “Temos jogadores bem jovens e também adultos, são estudantes, professores, advogados, militares, médicos, nutricionistas… Estão em todo lugar. Devemos ter mais de 50 grupos de WhatsApp em que o pessoal organiza partidas semanais com seus conhecidos. Tem grupos com mais de 100 pessoas! Enfim, o esporte renasceu e a família Padel Uruguaiana agradece”, declara.
Se interessou e quer aprender? Visite o Padel do Engenho, nas tardes de sábado, após as 16h. No local são realizados treinos para quem quer começar a arrasar nas quadras.
Fotos/redação: Giovana Petrocele